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domingo, 23 de janeiro de 2011

A República é uma Galdéria!

Para além do uso das armas, da violência e do sangue derramado existiu um outro factor que muito contribuiu para o elã e manutenção da República durante os primeiros anos em Portugal.
Iconograficamente foi sendo representada como uma jovem rebelde, voluptuosa com os seus atributos democraticamente visíveis para o povo. Mais do que uma imagem libertadora, a República era apresentada como uma galdéria liberal que convidava o conservador chefe de família (atributo republicano para se votar), do inicio do século XX, a uma escapadinha sexual.
Numa época em que ver um tornozelo feminino era um apelo ao desejo pecaminoso, um par de copas 36 F ao léu era uma luxúria mental para uma sociedade masculina rebarbada de então.
Quantas noites perdidas não foram mal dormidas a olhar para as pagelas republicanas? Quantos pulsos não terão ficado lesionados? Quantos sonhos eróticos não terão ocorrido acordados?
Mas o tempo não perdoa e a gravidade também não. A República viu os seus amigos a aproveitarem-se dela e a apalparem-lhes o material. Com o tempo e com a sua vida atribulada, ela perdeu o fulgor de outros tempos. Descaída, amassada e cheia de nódoas negras, a República deixou de ter protectores e defensores para se transformarem em párias que vivem à sua custa e que popularmente são denominados como Chulos.
Hoje a República é a velha meretriz de Estrada Nacional que vai com todos os que param para dela se aproveitarem. Em troca de uns pequenos trocos, ainda faz sorrir sorrir alguns desgraçados, enquanto a grande maioria dos Portugueses sente pena dela.
Triste sina a desta República sem fulgor que já não dá tesão a ninguém!!

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